terça-feira, 3 de agosto de 2021

 

 

Por Erick Knack Gums, Kemily Elisa Welmer Braun, Lara Porto Dias, Lucas Gabriel da Silva e Miguel Schmidt da turma do 7º M02.

 


 CULTURA DE SANTA MARIA DE JETIBÁ

 

Os imigrantes Pomeranos chegaram nessa terra fria e cercada de mata, e aos poucos, com muito trabalho, construíram a cidade mais Pomerana do Brasil que está localizada em SMJ. Trouxeram da Pomerânia seus costumes, e sua cultura, e até então preservam ela com muito orgulho. Seja no estilo das casas, vestimentas, festas, casamento e comidas, tudo tem o jeito da cultura Pomerana. E como é bom ver que mesmo com o passar do tempo continuam preservando suas tradições.

 

Que tal conhecermos mais dessa cultura? Tenho certeza que você vai achar incrível!



CASAMENTO POMERANO

O casamento tradicional Pomerano ainda acontece nos municípios do Espírito Santo, e guarda uma relação de continuidade com o passado. Os proclamas no culto religioso ocorrem cerca de um mês antes da oficialização da união matrimonial, período em que tem início os preparativos para a festa: construção do forno e galpões. Tudo é feito coletivamente por amigos, vizinhos, parentes, cozinheiras e por copeiros e copeiras. A festa dura 2 dias que são na sexta e no sábado. 




Quando a noiva e o noivo vão convidar, levam uma garrafa com bebida e enfeites de alecrim e fitas coloridas, o convidado toma um gole de bebida, selando deste modo o compromisso de comparecimento. As festividades têm início na sexta-feira, véspera do casamento. São feitos os pães, biscoitos e variedades de linguiça. As cozinheiras preparam também a comida para o dia seguinte.
A noite é realizado o ritual do Quebra-Louça, presenciado por parentes, vizinhos e os colaboradores (copeiros/as, cozinheiras, padeiros). No dia seguinte, começa o casamento propriamente dito. No sábado, os noivos e convidados dirigem-se para a igreja, onde acontece a cerimônia religiosa do casamento. Este trajeto é feito num caminhão enfeitado de ramos e flores. Todos participam de forma alegre e ruidosa, não faltando fogos de artifício e música de baile. No início da noite, há o jantar e ao fim deste segue-se a dança dos noivos, que é iniciada por eles próprios, seguido dos pais, testemunhas e demais convidados. No final da dança, os homens dão uma quantia em dinheiro, como gratificação. 


COMIDAS TÍPICAS

 

 Com o passar dos anos, mesmo com a facilidade e disponibilidade de compras de suprimentos alimentares, muitos Pomeranos ainda preservam a tradição alimentar que consiste no preparo de seus próprios alimentos, preservando receitas de geração para geração.

São exemplos da alimentação Pomerana:

Pães:


Milhabrot ( pão de milho, preparado com batata doce, cará, aipim e fubá de milho branco ou amarelo).




Spitsbuben ( bolo ladrão )




Kasekuchen ( bolo de quejo )



Streuskuchen ( bolo com farofa )

Strudel ( bolo com frutas )




Biscoito caseiro de nata, polvilho ou amanteigado.



Comidas salgadas:

Linguiça de carne de boi

Queijo tipo puina e schmierkase

Blutwurs ( chouriço feito de sangue e miúdos de porco )

Batata ensopada

Sopas (canja, aipim cozido socado, batata doce socada, sopa com rosca)

Comidas doces:

Firsichup(sopa-de-ameixa)

Arroz-doce

Banana-nanica-assada

Geléias de frutas da região.

 

GRUPOS DE DANÇA

Pommerland: Iniciado no dia 1º de maio de 1987, o grupo tem como objetivo contribuir significativamente com a preservação da cultura Germânica muito forte dentro do município de Santa Maria de Jetibá. O grupo possui 32 dançarinos que além de resgatar as tradições deixadas pelos antepassados também se preocupam com a qualidade técnica e a beleza na hora de suas apresentações.

Os pomeranos: Mesmo adaptados à Nossa Pátria, existe um sentimento muito forte dentro de cada um de nós, ligado às nossas origens, às nossas raízes. Foram essas lembranças, culturais de geração em geração, transmitidas desde a infância, que colaboraram para que em julho de 1986 fosse fundado, por Solineia Plaster e Nilza Stange, o grupo folclórico Os Pomeranos.

Neo latino: Fundado pela professora Anahi Ester Ramos Caiua, o Grupo de Danças Neo-latino surgiu no ano de 1994. Sua principal finalidade é resgatar os vários ritmos existentes na América Latina, provenientes da miscigenação e do surgimento do movimento hispânico contemporâneo. Atualmente o grupo possui cinco casais atuantes e dois ainda em treinamento. Entre as inúmeras apresentações realizadas o grupo já se apresentou na Festa das Nações (São Paulo) e por vários municípios do Estado do Espírito Santo

Kinderland: Nesse grupo só há um critério para participar: é preciso ser criança! Desde 1991, ano de sua fundação, o grupo permitiu que qualquer criança interessada, independente de raça ou cor, participasse das apresentações.

Holland Dans: Grupo de Danças Folclóricas Holandesas “Holland Tanz”. Por meio de um plano de estudos que alunos da Escola Agrícola de Garrafão constataram que o distrito não havia sido colonizado apenas por descendentes pomeranos e alemães, mas também por holandeses. Decidiram então, fazer um resgate histórico da cultura destes descendentes holandeses. Uma das formas que encontraram foi criar um grupo de danças folclóricas que se dedicasse apenas às danças holandesas. Foi então criado este primeiro grupo de danças folclóricas holandesas do Espírito Santo.

Hochlandtanz: Fundado no dia 25 de julho de 1986 o grupo tem por finalidade mostrar a cultura dos antepassados, além de proporcionar aos integrantes uma ocupação saudável, inicialmente o grupo foi chamado de Grupo Folclórico Santa Maria e tendo em vista a necessidade de dar outro nome o grupo passou a ser chamado de Grupo Folclórico Hochlandtanz que significa dança da região alta. No ano de 1995 o grupo foi registrado oficialmente na Associação Cultural e Artística de Santa Maria de Jetibá.

Fröelchtanz: O Grupo de Danças Folclóricas Fröelchtanz foi fundado no dia 19 de julho de 1994. As primeiras danças típicas ensaiadas pelo grupo chamavam – se sênior. Essas danças, que eram trinta e duas, foram ensinadas pela professora Regina Krause e pelo Pastor Haus Burge que saíram do Sul do Brasil para ensaiar o grupo.

IDIOMA

Santa Maria de Jetibá onde 88% da população é de pomeranos e ouve-se pela rua a língua sendo conversada entre adultos e crianças. O Programa de Educação Escolar Pomerana – Proepo, no município de Santa Maria de Jetibá, é um programa formalizado por meio de parceria interinstitucional entre cinco prefeituras no estado do Espírito Santo. Trata-se de um Programa Educacional Público que desenvolve um trabalho político e pedagógico bilíngue, que foi impulsionado pelo desejo da população local, descendentes de pomeranos. Ao longo do desenvolvimento do Proepo, obtiveram-se conquistas importantes que ultrapassaram a esfera escolar como a criação da Comissão Municipal de Políticas Linguísticas; aprovação da Lei Municipal de Cooficialização da Língua Pomerana e realização do Censo Linguístico. O trabalho de fortalecimento e valorização da língua e da cultura pomerana tem sido compreendido como uma necessidade educativa local que além de resgatar aspectos históricos contribui para elevar a autoestima dos (as) estudantes e para o processo de reafirmação da identidade cultural e linguística local, com importantes impactos na implementação de políticas culturais públicas locais.

 

FESTA POMERANA


Acontece todo ano, com uma festa celebrando a data desde que parou de pertencer a Santa Leopoldina.


RELIGIÃO POMERANA

A religiosidade é uma das características mais marcantes dos imigrantes luteranos. O reformador Martim Lutero criou a “Rosa de Lutero” como símbolo da Igreja de Cristo. A primeira Igreja do município foi construída em Jequitibá, em 28 de setembro de 1882, por Hartwig. As paredes eram socadas, largas e sem tijolos. Os sinos foram comprados na Alemanha, vindos de navio até o porto de Vitória, com embarcações menores até Santa Leopoldina e depois carregados nos ombros dos imigrantes até Jequitibá.

A igreja é o centro dos encontros dos luteranos. Além do aspecto religioso, a igreja é o momento de convívio social, permitindo o entrosamento entre as famílias das comunidades servindo até mesmo de escola. No calendário da Igreja Luterana temos, em especial, a Festa da Colheita. Trazida pelos antepassados da Pomerânia, a festa é celebrada em cultos de agradecimentos pelos bons frutos colhidos ao longo do ano.

 

MÚSICA


A concertina, trazida pelos imigrantes, é o instrumento musical que mais toca o coração e a alma do Pomerano. Ela está presente em todas as festas e atividades coletivas. No silêncio de sua casa, junto à sua família, é que o tocador começa a aprender o instrumento e a ensaiar as músicas que, posteriormente, serão utilizadas nos encontros comunitários como festas de ajuntamento, casamentos, forrós e festas nas comunidades. Outro ritmo contagiante é o dos trombonistas. Atualmente o município possui 10 grupos que reúnem mais de 300 instrumentistas. Fazem parte de um mesmo grupo crianças, jovens, adultos e idosos, todos reunidos em prol de um único objetivo: alegrar e confortar a população. O estilo musical dos trombonistas tornou-se uma tradição que vem sendo passada de geração para geração. Os pais ensinam para os filhos, os tios para os sobrinhos, e quando se percebe está tudo em família.Outro destaque da música pomerana está relacionado aos variados grupos musicais da cidade, que incluem em seu repertório músicas tradicionalmente alemãs, com algum uso de ritmos pomeranos e nacionais, estilos atuais, versões em português de músicas alemãs – para entendimento de todos – e ritmos nacionais com letra e versão alemã.

ESTILO DE CASAS POMERANAS


A mistura entre a cultura pomerana e alemã, tão comum em Santa Maria de Jetibá, é facilmente vista na construção das casas. O município é repleto de moradias antigas e modernas, que simbolizam o costume e a realidade desses povos na época da colonização e nos dias de hoje. As moradias tradicionalmente pomeranas são simples, construídas com madeiras de lei pegadas na floresta. O reboco é feito com argila, a pintura com barro branco e a cobertura com pequenas tabuinhas colhidas na mata. A cor das construções é basicamente branca nas paredes e azul nas portas, janelas e varandas, cores que simbolizam o branco da neve e o azul do céu da Pomerânia. Na frente, geralmente há uma grande varanda, que às vezes ocupa todo o entorno. Muitas dessas casas foram construídas com o sistema de mutirão, no qual vários vizinhos e amigos se juntam para ajudar. As casas pomeranas são geralmente espaçosas, com um banheiro externo, forno à lenha, galinheiro, chiqueiro e paiol onde são guardadas coisas diversas. Ainda hoje é comum encontrar essas moradias no interior do município. Por medo dos animais ferozes, principalmente as cobras, essas casas foram construídas um pouco acima do chão. Geralmente esse espaço é usado para guardar objetos diversos e até automóveis. No assoalho existem grandes gretas, que servem para refrescar a casa em tempos de calor.

Na sede do município, são encontradas com frequência as casas com o estilo gótico e colonial, chamadas de enxaimel. Influência dos alemães, essas casas criam uma harmonia e um clima europeu em Santa Maria de Jetibá.

Retirado e disponível em: www.pmsmj.es.gov.br

Imagens: Reprodução/internet

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